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Para conhecer a realidade dos indígenas no país, o Censo 2022 visitará todas as aldeias e comunidades indígenas. Serão apuradas condições de infraestrutura dos territórios, organização familiar e detalhes como acesso a saneamento, à internet, educação e saúde. O pontapé inicial dos trabalhos foi dado nesta quarta-feira (10/08) com o Dia de Mobilização do Censo Indígena.
O Dia de Mobilização marca a apresentação da metodologia e mobilização das lideranças indígenas pelas equipes de recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). É o momento de explicar às lideranças o que é o Censo e pedir apoio para que as comunidades recebam os recenseadores e respondam aos questionários.
O contato inicial com as lideranças é importante porque os povos indígenas têm formas próprias de organização, hábitos e costumes. Além disso, cada território pode ter condições específicas de acesso e circulação.
“Um desafio quando falamos de cobertura é que o grupo nos aceite e receba o IBGE, entenda o que vai ser feito no seu território. Quando as lideranças entendem qual o objetivo daquele agente é possível que elas nos indiquem as melhores pessoas para acompanhar nosso agente em campo. São eles que sabem onde estão todos os moradores, todos os domicílios”, explicou a coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, Marta Antunes.
Nas reuniões com as lideranças indígenas já será aplicado um questionário específico sobre a infraestrutura das comunidades. Essa é a primeira vez que esse tipo de informação será levantada. São perguntas sobre abastecimento de água, de energia e presença de escolas e unidades de saúde. Outras questões são sobre a língua em que as aulas são lecionadas nas escolas, número de professores, hábitos e práticas como a caça, a criação de animais e o artesanato.
O passo seguinte é a coleta domiciliar com perguntas sobre etnia, as línguas indígenas faladas, questões de registro civil, arranjo familiar, religiosidade, deficiência, educação e trabalho, entre outros. O recenseador ainda aplicará perguntas sobre a situação do domicílio, dos cômodos, saneamento, lixo e acesso à internet. Guias comunitários e intérpretes poderão ser convocados para auxiliar na coleta.
O trabalho prévio de mapeamento do IBGE identificou 632 terras indígenas, 5.494 agrupamentos indígenas e 977 outras localidades indígenas, em 827 municípios brasileiros.
“Nessas áreas a gente usa modais fluviais, aéreos não comerciais, o IBGE precisa recorrer a voos específicos de avião, de helicóptero, para acessar alguns lugares”, explicou o gerente de territórios tradicionais e áreas protegidas do IBGE, Fernando Damasco. E completou “Investimos muito na definição de regras específicas de percurso e cobertura do recenseador. Quando vai a campo, ele tem normas e regras a seguir para garantir que todas as áreas do território sejam efetivamente visitadas e recenseadas”.
Caso os recenseadores identifiquem comunidades não mapeadas previamente, elas serão incluídas na pesquisa do Censo. De acordo com o IBGE, os povos em isolamento voluntário não entram no Censo 2022.
As equipes do IBGE que vão atuar nos territórios indígenas passaram por um dia de treinamento específico e foram preparadas para a abordagem e possíveis adaptações de metodologia nos questionários. E vão obedecer a protocolos de saúde, tais como terem tomado as vacinas contra a gripe, a febre amarela e a Covid-19. Devem ainda apresentar teste negativo para Covid-19, declaração de que não teve contato com nenhuma pessoa com sintomas gripais 10 dias antes da entrada em área indígena e usar máscara.
Para o Censo 2022 dos povos indígenas foram estabelecidos acordos de cooperação do IBGE com a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, e também com organizações municipais e estaduais para auxiliar o trabalho da equipe recenseadora.
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